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Quatro dicas para marcas nativas digitais que querem internacionalizar

Isabela Chusid fala sobre como a expansão via e-commerce exige a superação de outros desafios, como criar uma marca do zero

De acordo com um estudo feito pela consultoria eMarketer, o e-commerce brasileiro é o segundo que mais cresce no mundo, tornando super competitivo o ambiente das marcas nativas digitais desde o seu nascimento. Nesse cenário, sendo a Linus uma marca nativa digital que nasceu há 3 anos e meio, a internacionalização parecia um passo distante. Porém, como muitas vezes acontece, a realidade nos leva mais longe do que imaginamos. A internacionalização não apenas veio, mas veio justamente como uma demanda dos consumidores europeus e de uma forma mais fluída do que poderíamos ter pensado.


Se, por um lado, a expansão por lojas físicas próprias exige muito planejamento e investimento, a expansão via e-commerce exige a superação de outros desafios, como criar uma marca do zero, entendendo o comportamento e criando um relacionamento com públicos locais - ainda que a presença da marca seja majoritariamente online.

A experiência que tive criando a Linus e construindo um time que nos levou a alcançar espaços que sabemos que são o sonho de outras marcas quando falamos de internacionalização - como estar na New York Fashion Week e expandir para a Europa nos trouxeram alguns aprendizados que nos renderam convites para o Fórum de Jovens da Cúpula das Américas, e recentemente no Fórum E-commerce Brasil, maior evento de e-commerce da América Latina, justamente para falar dessa internacionalização. Por isso, quero aproveitar esse espaço para compartilhar com vocês os principais pontos que aprendemos nessa jornada e, também, desmistificá-la.

Conheça o mercado para o qual pretende expandir

É óbvio, mas vale ser reforçado: você precisa conhecer muito bem o mercado no qual quer entrar para justificar o investimento de tempo/energia/recursos e acertar na internacionalização. No caso da Europa, nós fizemos isso de algumas maneiras. A primeira delas foi entender o consumo de produtos sustentáveis no velho continente. Sabemos que


1) a indústria da moda é onde se encontram as principais oportunidades de inovação visando sustentabilidade, dado que o setor é responsável por 10% das emissões de Carbono no planeta, (dados da Unep - United Nations Environment Programm),


2) a Europa segue em uma escalada de iniciativas em prol da sustentabilidade. Prova disso é que até 2023, todas as roupas vendidas na União Europeia deverão carregar uma etiqueta sustentável. A sustentabilidade já é entendida como uma necessidade na Europa. Em outras palavras, nosso propósito, nosso produto e nosso posicionamento têm total fit com o momento desse mercado.

Entenda qual é o core business da sua empresa

Entenda o core business do seu negócio e foque em entregar isso com excelência. No nosso caso, o nosso foco está no produto, na marca e na experiência. E isso tudo não sai de baixo da nossa asa por nada. Para o resto, buscamos parceiros (de longo prazo) que consigam entregar o que precisamos de uma maneira mais assertiva e financeiramente mais eficiente, além de acelerar nossa curva de aprendizagem da expertise em questão. Foi exatamente por isso que decidimos tocar nossa internacionalização para a Europa por meio de parceiros locais. A operação acontece de lá, enquanto toda a gestão acontece aqui do Brasil mesmo.

Teste o mercado com um MVP (Minimum Viable Product, em português mínimo produto viável)

Para alguns negócios, dar um passo como a internacionalização sem planejamento pode significar o início de tempos difíceis. Não gaste uma fortuna em algo que você não sabe se vai dar o retorno que você espera. Isso pode ser irreversível, principalmente para uma empresa que está no começo. Uma das formas que encontramos de testar o mercado foi colocar pares de Linus à venda em lojas de marcas locais que tinham aderência com o nosso público, antes de pisar com mais certeza em um novo território. Dessa maneira, entendemos melhor nosso preço versus nosso posicionamento, quais os hábitos de consumo desse novo público, etc. Aí sim, conseguimos ter indícios de que estávamos no caminho certo: os pares começaram a vender muito bem nas lojas físicas e no e-commerce da loja parceira. Além disso, o nosso site brasileiro passou a atrair visitantes vindos de outros lugares do mundo.Ou seja, nós testamos o mercado investindo bem menos do que na expansão, antes de dar o passo que nos levou a estruturar o e-commerce e a distribuição europeia.

Escolha uma plataforma que acompanhe o crescimento da empresa

De novo, como uma marca nativa digital, eu realmente recomendo que, se possível, inicie a operação com uma plataforma de e-commerce que te atenda, também, no momento de expansão. Trocar de plataforma dá trabalho e é caro. No nosso caso, simplesmente criamos um cadastro e duplicamos o tema da nossa loja do Brasil. O resto, eram configurações bem simples de serem feitas na própria plataforma.

Lembrando que não existe fórmula mágica, nem certo e errado. Isso é o que funcionou e continua funcionando para nós. Espero que de alguma maneira possa te ajudar!


Fonte: Isabela Chusid, Mundo Marketing

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