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Banco Central abre caminho para uso do Pix pelo WhatsApp

Ideia também é facilitar pagamentos por Pix em compras virtuais; serviço começa a funcionar no fim de agosto

O Banco Central (BC) divulgou mudanças na regulamentação do Pix, nesta quinta-feira, que devem abrir caminho para que aplicativos de mensagem, como o WhatsApp, passem a usar o serviço e comércios on-line ofereçam processos mais simplificados de pagamento instantâneos. O início da implementação da funcionalidade está marcado para 30 de agosto.


Com uma resolução publicada nesta quinta, o BC criou a figura de iniciador de pagamentos do Pix. Diferente de um banco ou fintech em que o cliente tem uma conta transacional, o iniciador de pagamentos servirá apenas para iniciar um pagamento entre duas partes.


Por exemplo: se o WhatsApp decidir aderir ao Pix, ele fará o meio de campo entre duas contas. Caso o cliente estiver em uma conversa com um amigo no aplicativo, ele poderá iniciar um pagamento via Pix dentro do WhatsApp sem precisar abrir o aplicativo do banco.


Neste caso, somente a autenticação de quem está mandando o dinheiro seria feita no aplicativo do banco no celular. O cliente seria automaticamente direcionado para essa tela de autenticação pelo WhatsApp.


Carlos Eduardo Brandt, chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix no BC, explica que se um aplicativo de mensagem escolher ser iniciador do Pix, ele ofereceria toda a dinâmica de pagamento dentro da experiência da troca de mensagens. Seria como anexar uma foto.


— Assim que eu autorizar a transferência, eu vou autenticar no ambiente do aplicativo do banco A e automaticamente esse aplicativo de mensagem chama o aplicativo do banco A. Depois que autenticar, o dinheiro cai automaticamente na conta corrente ou de poupança do recebedor — explicou Brandt.


O serviço funcionaria de forma parecida com o iniciador de pagamentos que já existe e que permitiu as transferências dentro do WhatsApp em maio.


O consultor da Gerência de Gestão e Operação do Pix, Breno Lobo, ressalta que a ideia é facilitar todo o processo de transação. Ele ressalta que, dando a autorização para que o aplicativo funcione como iniciador, não será necessário fazer login inicial, só autenticar e confirmar a transação.


— Se eu estiver conversando em um aplicativo de mensagens com você e quiser te mandar um Pix, eu tenho que sair do aplicativo de mensagens, entrar no aplicativo do meu banco, colocar minha senha, procurar um ambiente Pix, colocar a chave Pix, autenticar e confirmar — exemplifica, e acrescenta:


— Com o iniciador, se o aplicativo de mensagens for iniciador, eu estou conversando com você ali e como se eu estivesse anexando uma foto, eu escolhi fazer um pagamento.


Em nota, o WhatsApp disse que a plataforma de pagamento é um ambiente aberto e quer trabalhar com Pix no futuro.


"Para a fase atual dos pagamentos no WhatsApp, foi feita uma parceria com um adquirente para trabalhar com emissores de todos os tamanhos que desejam aderir ao serviço. A plataforma é um ambiente aberto e que busca interoperabilidade. O WhatsApp quer trabalhar com uma ampla gama de instituições, inclusive com o Pix no futuro", disse a empresa.


Uso no comércio eletrônico

Além de aplicativos de mensagens, o iniciador de pagamentos também poderá facilitar o processo de pagamentos nas compras pela internet.


A ideia é que os próprios comércios poderão se tornar um iniciador de pagamento e fazer o mesmo meio de campo entre a instituição em que o cliente tem conta e a conta do comerciante. Também será possível que uma terceira empresa faça esse trabalho.


No momento de pagar por sua compra, o cliente que escolher pagar por Pix autoriza o comércio a iniciar o pagamento automaticamente com a instituição financeira cadastrada. O cliente será redirecionado para uma tela da instituição em que tem conta e fará a autenticação e confirmação da transação.


Esse processo agilizaria os pagamentos, já que atualmente os comércios que oferecem a opção do Pix podem gerar um QR Code ou um código que seria colado no aplicativo da instituição financeira. O novo processo evitaria a necessidade do cliente de abrir aplicativo do banco, entrar com senha e fazer o pagamento.


A mesma dinâmica poderia ser replicada em aplicativos de delivery e transporte, por exemplo.


A regulamentação do BC permite que esse serviço seja cobrado do cliente, mas a expectativa é que ele seja gratuito.


— No âmbito do consumidor, é livre. Se o iniciador quiser cobrar uma taxa, ele pode cobrar. A gente imagina que não tem muito incentivo para isso dado que o Pix para pessoa física é de graça para iniciar. Se algum aplicativo de celular ou comércio eletrônico for cobrar uma tarifa para iniciar o Pix, eu não vou usar o serviço. Eu entro no aplicativo do banco e eu mesmo vou iniciar — disse Breno Lobo.


Open banking e calendário

Com essa novidade, o Pix começa a se integrar com o Open Banking. Apenas instituições financeiras autorizadas a funcionar no Pix pelo BC e que sejam certificadas no âmbito do Open Banking poderão oferecer o serviço. As empresas interessadas poderão se cadastrar já no início de agosto. Se aprovadas, farão testes antes da implementação.


O calendário divulgado pelo Banco Central aponta que essa nova modalidade será implementada em fases. A primeira começa dia 30 de agosto, depois do início da segunda fase do Open Banking, que

foi remarcada para o dia 13 do mês que vem.


Neste momento, será possível fazer transferências entre pessoas por iniciadores de pagamentos, com a inserção manual dos dados ou chave Pix.


Um mês depois, no dia 30 de setembro, será possível fazer compras pela internet diretamente pelos iniciadores de pagamento.


Já no primeiro dia de novembro será possível fazer uma transferência pessoal por QR Code e também efetuar agendamentos pelo meio do iniciador.


Fonte: Exame

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